domingo, 20 de maio de 2012

ONU diz que Al-Qaeda está por traz de ataques na Síria e investiga ligação com Coreia do Norte

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse acreditar que a Al-Qaeda está por trás de dois ataques suicidas que aconteceram na semana passada na capital síria, Damasco. Pelo menos 55 pessoas foram mortas nas duas explosões, que foram os piores ataques a atingir a cidade desde o início dos protestos populares contra o presidente Bashar Al-Assad. Ban Ki-moon não apresentou evidências que dêem sustentação a sua afirmação, mas a crença no envolvimento da Al-Qaeda nos atentados é compartilhada por observadores independentes que acreditam que a organização extremista está ganhando terreno na Síria. A oposição no país chegou a acusar o governo de orquestrar ataques. No último sábado, um grupo militante pouco conhecido que pode ter ligações com a Al-Qaeda assumiu a autoria das explosões de Damasco. Um painel de especialistas da ONU, que monitora o cumprimento de sanções à Coreia do Norte, investiga relatos de possíveis embarques norte-coreanos de armas para Síria e Mianmar, afirmou o grupo em relatório confidencial obtido pela agência inglesa de noticias Reuters na quinta-feira. - A Coreia do Norte continua ativamente desafiando as medidas impostas pelas resoluções (de sanções da ONU) – disse o painel no relatório, que foi enviado nesta semana ao comitê do Conselho de Segurança da ONU que cuida das sanções aos norte-coreanos. - Os Estados membros não comunicaram à comissão quaisquer violações que envolvam transferência de armas nucleares, produtos relacionados (armas de destruição em massa) ou itens de mísseis balísticos – afirmou – Mas relatam várias outras violações, incluindo vendas ilícitas de armas, e bens relacionados, e produtos de luxo. Os relatórios do painel são altamente delicados. A China, que é apontada no documento como um local de trânsito das violações relacionadas às armas norte-coreanas ilícitas, evitou que o Conselho publicasse relatórios anteriores e pode fazer o mesmo com o mais recente, disseram enviados da ONU à Reuters. - Embora (as sanções) não fizeram com que a Coreia do Norte suspendesse suas atividades proibidas, elas parecem ter reduzido o ritmo e tornado transações ilícitas significativamente mais difíceis e caras – apontou o relatório. O painel afirmou que não poderia provar que a Coreia do Norte continuava mantendo a cooperação de mísseis balísticos com Irã, Síria e outros países, “mas observa que isso seria consistente com os relatos do longo histórico da Coreia do Norte de cooperação de mísseis com esses países e com as observações do painel.” Em 14 meses de confrontos, a estimativa é que mais de 10 mil pessoas morreram. Observadores estrangeiros identificaram várias violações aos direitos humanos, como assassinatos, torturas, prisões indevidas. Crianças e adolescentes também são vítimas, segundo os observadores internacionais.

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