quarta-feira, 25 de abril de 2012

Arcebispo católico planeja criar pastoral gay em cidade do Paraná

Arcebispo católico planeja criar pastoral gay em cidade do Paraná Depois da polêmica causada por um cartaz criado para promover a parada gay em Maringá (PR), que mostra a catedral da cidade sendo “explodida” por um arco-íris, símbolo do movimento homossexual, o arcebispo dom Anuar Battisti planeja a criação da Pastoral da Diversidade pela igreja paranaense. A polêmica começou com um cartaz criado pela artista plástica Elisa Riemer, para divulgar a Parada LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) de Maringá, marcada para 20 de maio. Inspirada na capa do álbum “The Dark Side of the Moon”, da banda britânica Pink Floyd, o cartaz mostra a foto da Basílica Nossa Senhora da Glória refletindo a explosão de um facho de luz com as cores do arco-íris. O cartaz desagradou os católicos da cidade e o arcebispo dom Anuar Battisti, que comentou sobre o uso da imagem da igreja. Em nota o líder católico lamentou “o uso dado ao cartaz, que confronta com o pensamento e a opinião religiosa da parcela maior da comunidade maringaense”. Depois da polêmica envolvendo a imagem, Battisti se encontrou com o representante do movimento gay da cidade e responsável pelo Maringay, Luiz Modesto, para conversar. Em tom de aproximação o arcebispo afirmou: “Estamos abertos à discussão e dispostos a falar dos problemas enfrentados por eles”. Após a conversa, Modesto afirmou ao portal UOL que o arcebispo entendeu que o cartaz foi para ampliar o diálogo sobre a homofobia, e afirmou ainda que o religioso planeja criar uma pastoral para tratar do assunto na cidade. “Dom Anuar nos disse que a preocupação maior deve ser contra a violência e não contra o movimento. Ele ficou comovido e nos deu um indicativo para a criação da Pastoral da Diversidade em Maringá”, contou o líder do movimento LGBT. “Para as pessoas que entenderam o cartaz como provocação, eu peço desculpas sinceras. O objetivo maior era criar um diálogo sobre o assunto. E conseguimos”, concluiu Luiz Modesto, sobre a polêmica envolvendo o cartaz.

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